Tuesday, June 30, 2009

A selva e os Astecas




Dei por mim nas selvas serradas do México acompanhado por uma pequena tribo que, a julgar pelos trajes, era Asteca. A tribo era composta por dois homens e uma mulher. Dei por mim a falar a mesma lingua do que eles, se bem que sem perceber como.
"Bucu cáca, chili mipi!" - disse eu
"Iá cu bamboca pica!" - respondeu um asteca
Tal como suspeitara, iamos em direcção á cidade, mas ainda tinhamos que passar por um rio. Ainda não tinha reparado na mulher asteca. Aquelas vestes de indio faziam salientar o seu corpo esbelto e apeitoso. Como trazia vestes identicas, tive que esforçar-me para manter a postura antes que pensassem que trazia comigo uma cana de pesca. A asteca nao parava de olhar para mim. Por ventura fazia-lhe recordar algum deus mitologico.
Ao atravessar o rio, tive uma sensação de sucção nas partes baixas. Tendo medo que os dois astecas me tirassem ali mesmo o coração, disse (contra a minha vontade): "No chups peni ago, muie aste!" Mas afinal, nao era o que pensava, mas sim sanguessugas. Devem ter chegado até mim enquanto urinei.
Chegamos á cidade já de noite. E que noite era aquela. Era uma noite de rituais cerimoniais de apaziguamento da furia dos deuses. Os sacerdotes preparavam-se para tirar o coração dos prisioneiros de guerra, processo semelhante ao que hoje em dia se faz em Abu Graib no Iraque.
Nao pude deixar de perguntar-me como os sacerdotes nao usavam cuecas. É que cá de baixo via-se a tomatada toda. Depois de prenderem os individuos numa pedra que obrigáva-os a ficarem torcidos para tras, retiravam-lhes o coração ao mesmo tempo que a população dava gritos de regujizo. "Mais umas quantas almas transformadas em estrelas para atrasar o movimento do Sol, e assim, o Fim do Mundo" - pensei.
Depois do cerimonial falei com o sumo sacerdote, dizendo-lhe o objectivo da minha viagem. Ao que parece, eram os proprios astecas que guardavam a caveira de cristal, enterrada no tumulo do rei Montezuma. A tarefa adivinhava-se dificil...

Monday, June 29, 2009

A Missão




A entrada tinha uma enorme representação de Lucifer, o Portador da Luz; o Prometeu grego.

A figura desse Portador da Luz foi, já na nossa Era, distorcida pela Igreja. Originalmente a figura de Lucifer representava a sentelha divina que temos dentro de nós, ou seja, a nossa mente. Por baixo da estátua havia uma enorme estrela de cinco pontas, ou pentagrama, simbolo da 5ª Essência do Homem, ou seja, da sua mente.

Fomos recebidos por seres que, embora se parecessem connosco, eram sem duvida maiores. Tinham todos, no minimo, dois metros e meio de altura, cabelo louro comprido, olhos azuis e completamente brancos, dando assim crédito ás tradições que falam da Raça Atlante.

Estranhamente, sabiam tudo a nosso respeito embora não lhes tenhamos dito nada. Disseram-nos que a unica forma de sairmos dali com vida seria completando uma missão com exito. Segundo o chefe Atlante, de nome Gabriel, teriamos que entrar num portal que nos levaria a viajar no tempo, tanto para o Passado, como para o Futuro, em busca de cinco caveiras de cristal.

Ao apercebermo-nos da missão suicida que nos esperavamos, tentamos fugir. Todos excepto eu foram fulminados sem se aperceberem como. Caíram todos no chão, brancos como a neve. O que lhes atingiu, nem barulho fez.

Fui então obrigado a aceitar a missão. O Portal que me faria viajar no Tempo era enorme, e tinha a figura de Anubis no topo. Entrei sem demoras. A primeira viagem levou-me ao México, ao tempo do Império Asteca.

Sunday, June 28, 2009

A Entrada para Shambala



Usando uns mapas antigos, do tempo do Salazar, conseguimos encontrar o sitio que marcava com um X a entrada para Shambala. O problema é que não havia porta.
Já tinha ouvido falar que só o nosso duplo etérico podia penetrar nestes reinos mas, devido á minha presente alienação histórica, nunca acreditei nisso. Por isso, toca a procurar uma porta material.
Passaram-se horas sem nenhum de nós a conseguir encontrar, até que um dos marinheiros do submarinho falou-nos da história do "Abre-te Sésamo". Aparentemente havia mais de verdade do que inicialmente pensava. Soltei um gás. Tinha comido arroz de feijão ao meio dia. Na Antiguidade, as portas dos Templos estariam ligadas a sistemas de molas com sementes de sésamo. Os sacerdotes ao dizerem determiadas palavras com a entoação correcta, transmitiam a vibração certa á semente fazendo com que esta explodisse, accionando assim o sistema de molas. Nada que a nossa ciencia já não tivesse comprovado.
Mas ninguem sabia qual a palavra a dizer, muito menos a entoação. E foi aqui que ocorreu uma revira volta inesperada. A minha Diotilde, ao dar um peido monumental que mais parecia a explosão do Big Bang, fez abrir uma porta com nada menos do que dez metros de altura. Nem que não quisessemos fomos obrigados a entrar porque o cheiro que levantou era simplesmente sobrenatural.

Ficamos estupefactos com o que vimos logo na entrada. Nitidamente não tinha sido feito por nenhuma civilização que a História tenha alguma vez relatado.

Saturday, June 27, 2009

O reencontro inesperado




No meio de tanto azar, lá tive alguma sorte. Fizeram de mim um hospedeiro.
Depois de duas semanas no submarino puseram-me ao corrente dos planos. O objectivo era chegar ao mitico reino de Shambala pela entrada no Ártico. Já tinha ouvido falar do reino subterraneo, mas nunca tinha dado muito crédito. Conta a lenda que, depois do diluvio universal, a civilização altamente evoluida da época refugiou-se no interior da Terra enquanto Esta recuperava do cataclismo. Com isso levaram toda a sua tecnologia para vários pontos do planeta, sendo o Ártico um deles.
Será que seriamos bem recebidos? Mas antes de sabermos ocorreu algo de inesperado. Um enorme bicho andava á solta no submarino. Alguém gritou "É um aliã! é um aliã!" Mas afinal era a minha Diotilde!
"Diotilde, meu amor! O que estás a fazer num submarino russo? Não estavas contente com a vida que tihamos? Foi por causa do monte de merda?" Depois fizemos as pazes e, mesmo quando estava a preparar-
me para abispar-lhe, alguém disse que estavamos a chegar ao Ártico.
O meu fáro nunca me tinha deixado ficar mal. Pressentia algo no ar... Ainda tinha merda nos sapatos.



Nota: para saber quem é a Diotilde e o "monte de merda" é preciso ver as minhas fotos.

Friday, June 26, 2009

O submarino russo




Estava eu a aproveitar a calmaria, navegando para onde a corrente me levasse quando, de repente, comecei a andar ás voltas.

Pensei que estava a alucinar devido á desidratação mas de repente reparei que não. Era um torbilhão enorme, fazendo com que a minha barca ficasse completamente á mercê da furia da natureza.

"Cutxi mama! E eu que ainda queria ver o final da Vingança. Logo agora que o Amilcar ia dar um tiro na Lucia!" E nisto, um enorme jacto de água saiu das profundidades da água e um submarino emergiu, dizendo: "Uelcom to mada raxa!" Só passados alguns minutos consegui decifrar a enigmatica frase. Era um submarino russo.

Não tive opção. Fizeram-me embarcar sem saber se seria convidado ou prisioneiro, mas foi preciso pouco tempo para ter a certeza...

Thursday, June 25, 2009

Já em alto mar...



A saída da gruta dava para o mar. Como que por sorte, tinha um pequeno barco á minha espera. Naveguei durante três dias e duas noites.

Á parte de ter lutado com duas lutas gigantes, uma sardinha voadora, ter sido atacado por enguias electricas e por peixes voadores, ter sido mordido no nariz por um tubarao branco, e picado por três peixes-aranha, a viagem correu ás mil maravilhas.

Já era tempo de algum sossego.

Wednesday, June 24, 2009

A Fuga




No calabouço em que me encontrava, estava também um anão com fato cerimonial. Dei-lhe uma taulada e roubei-lhe o fato. Quando chegou á hora da cerimonia, abriram a porta e saí.

No meio do corredor disse que tinha que ir descarregar, porque a feijoada que nos tinham dado tinha-me desarranjado a tripa. Passados uns bons vinte e cinco minutos na casa de banho ocorreu-me a ideia de fugir. Mal acabei de ler o jornal escapuli-me de lá para fora. Para isso bastou seguir as tabuletas que diziam: "Saída de emergencia/fuga". Ainda hoje é o dia que admiro a organização daqueles tipos.

Não muito muito tempo depois vi luz solar entrar pela gruta dentro. "Estou perto da saída" - disse. Naquele preciso momento, apareceu-me um cão com duas cabeças. Era enorme, mas tinha uma voz de gato o que fez-me desatar a rir. Depois pensei que se o cao tinha duas cabeças, podia morder-me em dois sitios ao mesmo tempo, o que invalidava o velho truque de neutralizaçao de caes perigosos.

Afinal o cão era cego e não tive dificuldade em passar por ele. Lá ao fundo, como que a chamar por mim, vi a saída da gruta. Finalmente podia voltar para casa e limpar a merda dos sapatos...

Tuesday, June 23, 2009

A grande Cerimónia do Fogo de Belzebu




Não foi dificil de dar com o sitio. Para além dos intensos gritos cerimoniais e do enorme clarão, vi uma tabuleta que dizia "Cerimónia do Fogo de Belzebu ->".

Quando cheguei ao local vi que ainda tinha um bocado de poia nos sapatos. Á minha frente estava uma enorme cruz em chamas e duas virgens vestidas uma de branco e outra de vermelho prestes a serem imoladas.

Se há coisa que nao gosto é de ter poias nos sapatos. Já uma vez no jardim zoologico foi a mesma merda. Nunca mais lá pus os pés.

Mas voltando á história. Ouvia-se "Belzebu... Belzebu... uuuuhh... uuuuhhh...". Começaram a emular as virgens. Gritavam tanto que até incomodava. Não me saía da cabeça o estado em que ficaram os meus sapatos.

Logo de seguida meteram um touro branco em cima do altar, ainda vivo, e espetaram-no com uma espada. Disseram qualquer coisa do ozirio ou quê... Não prestei muita atenção porque ainda estava a pensar nos sapatos.

O melhor estava guardado para o fim. Todos eles tiraram as tunicas e, todos nus, começaram uma enorme orgia. Foi aí que tambem tirei a minha roupa toda á pressa, corri rápidamente em direcção a eles para não ficar com os restos mas, só depois de me ter mostrado é que apercebi-me que todos excepto eu, tinham uma cruz de seis pontas ao peito.

Fui detectado e mandado outra vez para os calabouços...

Monday, June 22, 2009

Coisas horriveis




As masmorras de Salazar consistiam num vasto complexo de tuneis subterraneos.

Durante esses dois dias fui levado de prisão em prisão. Vi coisas horriveis: fotos da Lili Caneças antes da plastica, pessoas só com metade do corpo a dançar e a bailar, plantas a jogar xadrez, e uma coisa que me deixou em estado de choque: seres embrião extraterrestres... mais propriamente do Planeta Agostini.

Escondi-me entre as sombras ouvindo o plano dos dois sacerdotes que conduziam as experiencias biológicas. O plano era simples, mas imperial: modificar genéticamente os seres do Planeta Agostini, infiltrando-os depois nas casas das pessoas sob o pretexto de lhes venderem livros. Uma vez conseguido tal objectivo controlariam a mente das pessoas através de um chip invisivel.

Os efeitos do chip eram nefastos. Fazia com que as pessoas ficassem em morte cerebral, autenticos zombies, limitando-se a ver telenovelas, jogos de futebol e falassem de coisas futeis do dia-a-dia.

"Minha nossa senhora de Penafiel... as vitimas que estes homens do Demo já fizeram" - pensei...

E nisto ouvi gritos que nao pareciam de sofrimento, e um enorme clarão se levantou pela gruta toda...

Sunday, June 21, 2009

As masmorras da gruta de Salazar




Voltar para trás não era opção, por isso decidi continuar. Começou a dar-me SD, mas não podia passar para C.

Enchi os pulmões cheios de ar, para ganhar coragem, mas comecei logo a tossir. Tinha-me esquecido do verdete que estava na gruta. Nisto, ouvi um barulho. "Quem está aí?" - disseram...

"Merda..." - pensei, e quando preparava-me para voltar para tras, pisei numa poia, escorreguei, caí e disse: "Merda!"

Fui detectado. Apontaram-me uma besta (como as do Guilherme Tell) e fui obrigado a ir com eles. Um deles era feio como um bode, e o outro tinha sido desfigurado, talvez com oleo fula quente.

Mais estranho do que eles era uma boneca que, embora fosse feita de pano, falava como as pessoas feitas de carne. Talvez tivesse o plano de prana sharira activado.

Levaram-me para umas masmorras. Nos dois dias que lá estive vi coisas que ainda hoje quando as recordo, dá-me diarreia...

Saturday, June 20, 2009

A Gruta



Está escuro, doi-me a cabeça, levantei-me e olhei para mim. Tinha a roupa toda suja e a cabeça com sangue. Lembrei-me logo do maldito coelho. Mas, onde estava eu?

Sentia esvoaçar em cima da minha cabeça, mas não via o que era. Comecei a andar apalpando as paredes em meu redor. A principio só sentia a parede e estava na mais completa escuridao. Depois ouvi um barulho que se assemelhou a rasgar pano, e pensei: "calquei um sapo..." mas não. De repente começou a cheirar a couves e ovos podres. Vi logo que nao era bom sinal.

Depois de alguns minutos a caminhar ás escuras e com o cheiro a aumentar, fez-se luz. Finalmente consegui ver onde estava. Era uma gruta fantasmagórica do tempo do Salazar. Reconheci-a logo, pois já a tinha visto na TVI.

Friday, June 19, 2009

O coelho diabólico




e nisto o coelho disse:
- "Nao te apercebeste que falo?
e eu disse:
- "Sim."
e ele disse:
- "E nao achas estranho?"
e eu disse:
- "Estranho é já ser meia noite e ainda nao estar em casa!"
e ele disse:
- "Queres levar?"
e eu disse:
- "Levar? Como assim?"
e ele disse:
- "Levar com um pau."
e eu disse:
- "Com um pau?"
e ele disse:
- "Sim."
e eu disse:
- "Mas porquê?"
e ele disse:
- "Porquê o quê?"
e eu disse:
- "Por que me queres mandar com um pau?"
e ele disse:
- "Para te arrastar até um sitio."
e eu disse:
- "Mas que sitio?"
e ele disse:
- "Um sitio que nao querias ir se tivesses acordado."
e eu disse:
- "Porquê?"
e ele disse:

- "Porque nunca HASDE DE LÁ SAIR!"
e nisto, deu-me com um pau na cabeça e a unica coisa que pude dizer foi "cutxi mama!"

Thursday, June 18, 2009

O Cemitério dos coelhos brancos




Ao ter acordado, ainda dorido do cerimonial, fiquei deitado no chão a olhar para o céu ainda recordando com deleite o meu encontro com a Lady Mary. Nisto, as nuvens cobriram o céu e comecei a sentir a terra remexer...

Olhei á minha volta e estava num cemitério medonho. Mas pior do que isso era o cheiro a carne potefr«« protef««« potrefi«««« morta que se fazia sentir no local.

Nisto, vi a Morte. Quando pensei em fugir a sete pés, aquela figura medonha transformou-se numa coisa que parecia uma mulher a pedi-las; mas no momento que me ia aproximar dela, transformou-se num coelho branco.

A minha primeira vontade foi dar-lhe uma cenoura, mas depois o coelho disse que só comia carne. "Esperem aí, já é meia noite e ainda ando nesta vida?" - pensei.

Wednesday, June 17, 2009

O Feitiço




Na altura não apercebi-me que estava sob a influencia de um feitiço, mas pouco ou nada interessou, porque o que aconteceu a seguir soube-me que foi uma beleza.

A Lady Mary já não tinha aquele aspecto fantasmagorico, agora parecendo-se com o que em inglês de denominaria de "a gothic slut" (uma rapariga vestida de preto).

Nisto começou a fazer uma dança que me era estranha mas notei instantaneamente que gostei. Passados minutos, quase por magia, estavamos a fazer rituais satanico sexuais em honra a Belzebu, como na antiga Pérsia. Confesso que a parte metafisica do cerimonial nao me estava a interessar de muito, estava sim a aproveitar para tirar a minha "barriga" da miséria. Como diz o grande filosofo surrealista Gabrielu Tavararus, de Estarrejus, "bota que tem!"

Depois de um par de horas a fazer o "ritual", caí num sono profundo só tendo acordado muito tempo depois. Agora sei que prefereia não ter acordado, pois o que me esperava era devastador...

Tuesday, June 16, 2009

Na presença de Lady Mary



Depois de uns momentos em que perdi a consciencia, voltei a mim. Maldita a hora que voltei a mim, pois, naquela angusta, tinha-me borrado todo. Sabia que nao devia ter comido tanto caril ao jantar.

No principio pensei que o intenso cheiro que se fazia sentir devia-se a isso, mas depois apercebi-me que ela estava atrás de mim...

"AI JESUS!" - disse, mas nao consegui dizer mais nada, porque fui enfeitiçado naquele momento...

Monday, June 15, 2009

e lá no fundo da floresta...




apareceu um enorme clarão.

Corri na sua direcção, pensado que era o guarda florestal mas só depois lembrei-me que tinha emigrado já á quase duas semanas.

A luz era tão forte que não conseguia ver nada mas ouvia nitidamente uma voz muito aguda e alta a chamar por mim...

"Lady Mary... és tu? És tu, Lady Mary? Mary? MARY? MAAAAARY NAAAAAAAAAAAAO!"

Sunday, June 14, 2009

A casa estava... ASSOMBRADA




Nisto, começaram a sair mortos-vivos de um alçapão que, erradamente, pensava que continha só batatas.

E foi aí que me vi obrigado a calçar as minhas sapatilhas Nicky e a fugir de casa em direcção á floresta.

Embora estivesse Lua Cheia não conseguia ver por onde pisava, visto que a floresta é muito densa. Só ouvia corujas a corujar, macacos a macacar e, quando pensei que já estava a salvo, calquei uma pessoa.

Gritei imediatamente a pensar que me tinham apanhado, mas era simplesmente uma mulher que estava a tentar ganhar a vida. Nisto, algo do muito estranho e completamente inesperado aconteceu e mudou a minha vida desse dia em diante...

Saturday, June 13, 2009

O fantasma finalmente aparece!



Dei um grito enorme ao sentir a mão no meu pescoço: "Ai com mil repolhos! Leva tudo mas nao me violes!". Mas, para meu espanto, a mão era apenas isso mesmo: uma mão comandada por um corpo invisivel.

Quando já estava a sufocar, no meu desespero total, disse-lhe: "Estás m'aleijar!" e a mão parou. Parou para ganhar novo folego e apertar ainda mais! Foi aí que vi-me forçado a dizer uma oração que tinha lido em tempos no Livro de S. Cipriano - O Capa de Aço:

"Vai, espirito maligno! Vai! Pois eu controlo as forças sobrenaturais.

Deixa-me em paz. Não vos faço mal, por isso deslargai-me. Deslargai-me!"

E ao mesmo tempo espetei com a estaca que tinha na outra mão onde deduzi ser o peito da pessoa invisivel. Sem perceber ao certo porquê, ouvi um grito que parecia de um cabreito, e só aí, apercebi-me com quem realmente me estava a meter...

Friday, June 12, 2009

O fantasma que vive comigo em minha casa 2ª parte

E então comecei eu a minha senda em direcção ao sobrenatural. Levei um crucifixo, uma estaca, mas não levei os alhos para não interferir com o cheiro que já se fazia sentir no local.

Não vale a pena mentir. Estava cheio de medo. Era de noite, a Lua estava cheia, ouvia-se dois gatos a tricotar como... como gatos, e eu á caça de não sabia bem o quê; só sabia que cheirava mal como o caraças.

Ao aproximar-me do frigorifico senti um arrepio... alguém o deixara aberto. Ao olhar bem para ele, pensei nas semelhanças que tinha com um caixão.

Ao ver o que tinha lá dentro, apercebi-me logo de uma enorme fatalidade: tinha-me esquecido de descongelar as costoletas... agora estava tudo perdido. E, foi neste estado de angustia que "aquilo" aconteceu...

Thursday, June 11, 2009

O fantasma que vive comigo, em minha casa

Ultimamente tenho notado algo de muito estranho em minha casa. Sempre que passo na cozinha, em direcção á sala, noto um cheiro sobrenatural.

O pior de tudo é que esse mesmo cheiro não é constante, aparecendo e desaparecendo sem regularidade aparente. Parece mesmo algo vindo de outros planos da realidade, nomeadamente, dos que cheiram mal. Senti uma obrigação natural, chamada de dever, para iniciar uma busca; até lhe dei o nome "A demanda da arca perdida" (perdida porque só as coisas que sao abandonadas cheiram tao mal).

E assim começou a minha busca pela fonte do mau cheiro...

(Continua, talvez amanha)