Dei um grito enorme ao sentir a mão no meu pescoço: "Ai com mil repolhos! Leva tudo mas nao me violes!". Mas, para meu espanto, a mão era apenas isso mesmo: uma mão comandada por um corpo invisivel.
Quando já estava a sufocar, no meu desespero total, disse-lhe: "Estás m'aleijar!" e a mão parou. Parou para ganhar novo folego e apertar ainda mais! Foi aí que vi-me forçado a dizer uma oração que tinha lido em tempos no Livro de S. Cipriano - O Capa de Aço:
"Vai, espirito maligno! Vai! Pois eu controlo as forças sobrenaturais.
Deixa-me em paz. Não vos faço mal, por isso deslargai-me. Deslargai-me!"
E ao mesmo tempo espetei com a estaca que tinha na outra mão onde deduzi ser o peito da pessoa invisivel. Sem perceber ao certo porquê, ouvi um grito que parecia de um cabreito, e só aí, apercebi-me com quem realmente me estava a meter...
Após sentires o desespero tenebroso, e aperceberes-te desse corpo invisível, a tua fantasia encontrava-se mais angustiada do que nunca.
ReplyDeleteUm beijo,
Lumenamena