Saturday, July 18, 2009

A demanda pela quarta caveira de cristal



A quarta caveira estava guardada num templo do Tibete, perto da entrada secreta para Shambala. Sabia que para esta missão teria de fazer-me passar por um monge tibetano. Assim sendo, rapei o
cabelo, o que até foi uma grande coisa, para ver se acabava de uma vez por todas com a caspa.
Já em pleno tibete arrombei um caixão para tirar as roupas ao defunto, tingindo-as de seguida para laranja, á boa moda dos budistas primitivos. Tendo o meu disfarce pronto, dirigi-me em
direcção ao templo. Para ser admitido no templo, tive que começar como discipulo biscateiro. Todos os dias tinha que ir á aldeia buscar mantimentos o que não se tornou mau de todo, porque fui convivendo com a mulher da mercearia. A vida no templo era uma cena dos diabos. De manhã ia-mos para o campo, porque estava na altura da apanha da batata, e á tarde ficavamos a fazer exercicios de meditação sendo assim uma optima altura para dormir um pouco - desde que nao ressonasse.
Com o passar dos dias, fui conhecendo melhor algumas partes do templo e, aproveitando quando tinha que varrer os corredores, fui espreitando em algumas portas de acesso vedado aos disciplos. Numa dessas minhas incursões por terreno desconhecido, vi uma porta entre-aberta. A sala estava
escura, mas vinha de lá de dentro uma estranha luz, quase sobrenatural... Mesmo estando com um pouco de medo decidi ver o que era. Para meu espanto e contra tudo o que imaginava ser possivel, o monge João estava num PC a jogar Football Manager. A minha primeira reacção foi de espanto, mas depois pensei que fosse Mara, o malvado, a criar uma ilusão. Mas não, era mesmo verdade, porque o monge João, á medida que ia jogando, arrotava e retirava o ar do arroto pela boca com uma expiração em direcçao aos ceus. Seria algum ritual? Nunca cheguei a saber...

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