Tuesday, July 7, 2009

Em Lémur




Fiquei estupefacto com o gigantismo presente em toda a parte deste continente. Provavelmente tal deveu-se a uma diferente pressão atmosférica no planeta, nesta altura. As arvores mais pequenas eram maiores do que as nossas actuais sequoias.

Não muito longe de mim, vi uma montanha abanar. Confesso que pelo menos no inicio estava convencido que era uma montanha, mas ao aproximar-me, reparei que se tratava de uma tenda com dois ciclopes a pinar. Lá que a barraca abanava, disso nao havia duvida...

Escondi-me atras de um arbusto para ver melhor a cena. O Lémur saíu da tenda para fumar o que parecia ser os primordios de um cigarro, mas de tamanho ultra-industrial. O gigante media mais de dez metros de altura. Se tivesse que lutar com algum deles, não teria a menor das hipoteses.

Notei nele que pressentiu algo. Quando olhei para tras de mim, estavam dois gigantes preparados para estralhaçar-me, e foi aí que disse: "Cutxi mama! máma!" Mas, ao invés de me esmagarem como se se tratasse de um noz, meteram-me ás cavalitas de um deles.

A vista era espetacular e vasta. Lembrei-me logo daquela frase "Se vi mais longe do que os outros, foi por estar aos ombros de um gigante" do Papa Chango, ou seria do Carmona Rodrigues? Já não sei ao certo.

Levaram-me para um estranho dolmen no interior no subsolo e deitaram-ne numa camara. Agora sei que não devia ter lá entrado, porque as visões que tive foram aterradoras...

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