Friday, July 17, 2009

O embate entre Titãs e o caso da paternidade



Aproveitando-se do facto de estar acorrentado violou-me violentamente. Violar não será o termo mais correcto, porque não foi contra a minha vontade nem posso dizer que não tenha gostado. Adiante...

Aparentemente tinha-se apaixonado por mim, porque acabou por soltar-me e dizer-me onde era a entrada para a cripta secreta do Vlad Tepes. A entrada ficava na biblioteca, sendo que uma das estantes dos livros era falsa. Para activar a porta secreta, tive que rodar um candelabro. Nos dias de hoje parece uma trivialidade, mas naquele tempo era original.
O longuissimo corredor dava acesso exterior,mais propriamente a um cemitério pelo menos da Idade Média. Era assustador. Ficava no meio da floresta, completamente envolvido no nevoeiro. Num dos seus tumulos, cinco pessoas profanavam um caixão. Consta-se que na altura, quando a população suspeitava que um morto iria transformar-se em vampiro, abriam o caixao. Se o morto estivesse a deitar sangue pela boca, tiravam-no no caixão, queimavam-no e, caso em vida tivesse atacado alguém, a vitima teria de beber as cinzas misturadas com um liquido não muito bem conhecido. A cripta era inconfundivel: era enorme quando comparada com as restantes, e era a unica que tinha mochos, tal como nos filmes. De qualquer das formas, depois de abrir a passagem secreta, percorri um enorme corredor em espiral que mais parecia levar ao centro da Terra.
Lá no fundo vi a tal cripta, com o terrivel Conde Drácula a dormir no interior de um enorme caixão cor-de-rosa furrado a camurça branca. Quando me preparava para espetar-lhe com uma estaca no coração, o Conde Dracula disse: "Cutxi mama!". Obviamente estava a ter um pesadelo, o que levou a rir-me e a acordá-lo. É o chamado efeito de dominó. Cheguiu-se uma enorme batalha entre o Bem e o Mal, Horus e Set, Deus e Lucifer, Marcelo Caetano e Salazar.
Quando o Conde Drácula preparava-se para morder-me, tendo préviamente imobilizado-me, arrotei ao alho levando o Conde a retroceder. Os malditos bifes que tinha comido na noite passada tinham-me salvo a vida! Aproveitando o momento de fraqueza dele, espetei-lhe com a estaca no que me parecia ser o seu peito. Afinal, tinha-lhe espetado no cu. Maldita capa vampiresca que o camuflado! Á segunda foi de vez. Ganiu como um porco.
A caveira de cristal estava num altar perto do seu caixão. Depois de retirá-la, voltei ao cemitério.
Quando preparava-me para regressar á base Atlante, por um processo que nunca dominei, alguém tocou-me no ombro. Dei um grito e não consegui evitar soltar algumas pinguinhas. Era a mulher demónio, a que tinha engravidado na noite anterior. Queria que assumisse a paternidade da criança. Depois de alguma conversa, convenci-a a abortar em Espanha.
De regresso á base Atlante, apareci no jardim. Lá estava o supremo comandante Atlante, Gabriel de no me, a fumar um valente cacete, enquanto o seu cão, Robi, lhe lambia as amerródias. Algo diz-me que nem o proprio comandante controlava a 100% o teleportador.

2 comments:

  1. Bem e o Mal, Horus e Set, Deus e Lucifer, Marcelo Caetano e Salazar.

    lololo boa..

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  2. Também podia ser o Mário Soares e o Alvaro Cunhal.
    "Olhe que não..."

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