Thursday, July 2, 2009

Os Espiritos regentes do vulcão



O vulcão ficava na cidade ancestral de Tula. Diz a Tradição que Tula fora uma colónia Atlante e os próprios Astecas denominavam esse povo de Aztlan, referencia nitida á Atlantida. Como se não bastasse, as suas representações, que ainda hoje sao visiveis, representam homens com feições europeias e com barba (coisa que os povos da América Central e do Sul nunca tiveram). Muitos eram os mitos que falavam dos deuses vindos do mar, trazendo novamente a civilização aos povos nativos, depois de um grande diluvio. A própria caveira de cristal remotava a tempos imemoriais. Será que haveria relação com a Atlantida? Seria por isso que o chefe Atlante no Ártico pretendia recuperar as cinco caveiras de cristal?
Enquanto subia a encosta, em direcção ao grande vulcao, vi uma pequena aldeia. Decidi procurar lá alimento e água. O lider da tribo era um ancião shamane. Já tinha ouvido falar do shamanismo entre os povos denominados de pré-colombianos, mas não estava por dentro do assunto. Em conversa com o chefe shamane, soube que a unica forma de entrar no vulcão e afastar os espiritos, era negociar a minha passagem com eles próprios. Para isso teria que fazer uma sessão de shamanismo. Depois de pensar um pouco, achei melhor seguir os ensinamentos do ancião e combinamos fazer a sessão shamane ao final da noite.
Já era tarde quando começamos. O shamane tinha preparado a ayahusca com antecedencia. Quando bebi a poção senti-me francamente mal. Era muito espessa e cheirava mal. Comecei a vomitar e deixei gradualmente de ver e de ouvir. Passados poucos minutos comecei a ver formas geométricas e padrões, mesmo com os olhos abertos. Depois comecei a ver formas hibridas se bem que ainda imperfeitas, como que cobertas por um véu de fumo. De repente vi um lugar que não conhecia. Era diferente de tudo o que já tinha visto, pois o céu era purpura e todos os animais tinham cores garridas. Vi anacondas enormes transformarem-se em seres hibridos. No céu via-se mais do que um sol e a sensação que tinha era que o Sol parecido com o nosso simplesmente reflectia a luz de um sol oculto, como se fosse um espelho.
Estranhamente o mestre shamane estava lá comigo, em forma de jaguar. Comunicavamos intuitivamente. Disse-me que iamos falar com os espiritos regentes do vulcao. Não senti medo nem ansiedade, apenas um profundo estado de tranquilidade. Naquela dimensão, real ou não, não existiam emoções nem a racionalidade que rege o nosso dia-a-dia. Naquela dimensão era o poder da intuição de contava.
Finalmente chegamos á cabana dos espiritos regentes do vulcão. A cabana estava protegida por enormes serpentes de energia que se deslocavam em direcção aos ceus. Chamavam-se Sindhis. Intuitivamente souberam o que pretendiam e nesse mesmo instante soube se podia ou não recuperar a caveira de cristal.

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